segunda-feira , 25 novembro 2024
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Sandro Mabel destaca papel do Senai para crescimento do emprego em Goiás

A indústria goiana triplicou o número de contratações no primeiro semestre deste ano. De acordo com dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor teve um saldo positivo de 21.700 postos de trabalho. No mesmo período do ano passado, foram gerados apenas 7 mil.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás, Sandro Mabel, afirma que o bom desempenho no número de contratações no setor reflete o ganho de mercado conquistado pelos empresários que investem no Estado.

“Como continuamos funcionando na pandemia, depois de insistirmos, passamos a vender para outros Estados e ganhamos mercado, como no caso da alimentação, higiene e limpeza. As fábricas andaram a mil por hora com crescimento importante que ainda capitalizamos.”

Outra razão para novas contratações é a melhor capacitação dos trabalhadores goianos, facilitada por instituições como o Senai, que somente em 2021 já registrou mais de 91 mil matrículas.

A educação profissional tem mostrado que 80% das pessoas que passam pelos programas conseguem colocação no mercado, o que ganha ainda mais importância em momentos na história como este de pandemia.

“O fato do Senai não ficar focado apenas em Goiânia e ter interiorizado sua ação, oferecendo cursos em cidades como Catalão, por exemplo, contribuiu muito neste processo”, disse o dirigente da Fieg.  Ele cita também o Programa Indústria Mais Forte, que oferta 22 mil vagas para cursos on-line.

Mabel alerta que há preocupação quando se olha para o futuro, especialmente por conta das tarifas e aumento de insumos como energia elétrica. “Por isso, batemos duro para que impostos sejam reduzidos.”

Ele sublinha que o olhar para o futuro passa por uma preparação na escola desde cedo e há trabalho para que os jovens cheguem com maior conhecimento sobre as demandas industriais para conseguir um bom trabalho e apoiar o desenvolvimento local. “Isso enxergamos lá atrás e aplicamos forte em treinamentos, chamamos as indústrias para entender o que precisavam.”

Mabel revela que a partir do ano que vem, com essa demanda, as escolas do Sistema Fieg podem dobrar de tamanho. “Nos próximos quatro anos, vamos investir R$ 400 milhões a mais em escolas, laboratórios, a formação que é bilíngue desde os pequenos terá programação de computador”, ressalta sobre a preparação que acredita ser importante para a industrialização de Goiás.

“Estamos apostando num salto da indústria e, consequentemente, do emprego em Goiás. Se o governo não atrapalhar, temos tudo para crescer muito”, concluiu.