O reitor da UFG Edward Madureira diz que vive sufoco com cortes do governo Jair Bolsonaro. Segundo Madureira, há um acerto para que o governo federal suplementasse o orçamento das universidades, mas até agora nada foi feito.
“Estamos esperando, mas meu sufoco começou. Executamos todo o orçamento e ainda temos quase quatro meses que vão representar aproximadamente R$ 20 milhões em custeio. Pedi reunião com a bancada federal e também vou colocar para o MEC de forma muito detalhada todo o esforço que a gente fez de redução de gastos”, disse à coluna Giro de Popular.
O reitor disse em maio que a instituição não tem verba suficiente para se manter após o mês de setembro deste ano, o que de fato se confirma. A fala veio após a divulgação da redução orçamentária de R$ 1 bilhão feita pelo Ministério da Educação (MEC) para todas as instituições federais do país. Na UFG, isso significa cerca de R$ 13 milhões a menos da verba disponível no ano passado.
Conforme dados divulgados pela UFG, o custo mensal para a manutenção da instituição é de R$ 7 milhões, com o corte adicional de 18% estabelecido na Lei Orçamentária Anual (LOA) 2021, a universidade perderá três meses de autonomia e poderá terminar o ano com uma dívida de R$ 30 milhões.
Em 2021, a verba para o orçamento discricionário, que representa manutenção e assistência estudantil, é de R$ 56 milhões. No ano passado, era de R$ 69 milhões. O reitor compara com os números de 2014, quando a UFG recebia R$ 96 milhões, corrigida para 2021, seria de R$ 136 milhões.
A UFG tem hoje uma área total de aproximadamente 500 hectares, divididos em quatro campi localizados em Goiânia, Aparecida de Goiânia e cidade de Goiás. São 250 prédios e uma área equivalente a 5 mil campos de futebol. São 28 mil pessoas, entre estudantes, docentes, técnico-administrativos e trabalhadores terceirizados.
(Matéria do site Poder Goiás)