Carta de leitor de O Popular, nesta quarta-feira, faz críticas contundentes ao projeto do Ministério Público Estadual, já aprovado em primeira votação pela Assembleia Legislativa, que cria 127 cargos comissionados e outras benesses na instituição.
Marion de Oliveira Barbosa, de Goiânia, escreve três parágrafos enumerando o que chama de uma série de “absurdos” contidos na proposta de criação dos cargos e afirma que faltou bom senso ao procurador-geral Lauro Machado, principalmente pela falta de consistência das justificativas apresentadas.
O leitor chama do Ministério Público de “última ilha de honestidade no Poder Público”, que agora, “infelizmente, passou a ser mais um em meio a tantas coisas sem explicação no Governo”.
Leia a carta:
Ministério Público
É um grande absurdo e uma falta de senso enorme o nosso atual procurador-geral de Justiça, Lauro Machado Nogueira, escrever um texto tão extenso (O POPULAR, 5/9) em defesa da criação de mais cargos comissionados no Estado brasileiro que mais detém esse tipo de cabide político na federação. É outro grande absurdo o mesmo procurador-geral de Justiça justificar a criação destes cargos afirmando que a “cota do Ministério Público de cargos comissionados não está completa” e por isso, ele tem o direito e o dever (tendo em vista o bom funcionamento da instituição) de criar mais 127 cargos comissionados preenchidos por indicação.
É um grande absurdo que o Ministério Público, marco de integridade e pilar de ética da sociedade goiana, seja alvo de piadas e chacotas da classe política, que aponta o dedo e mostra que o chefe do Ministério Público é apenas mais um em meio a tantas coisas sem explicação no Governo de um modo geral. E o maior absurdo de tudo é que o dito procurador espera criar mais 127 cargos comissionados preenchidos por indicação e ao mesmo tempo lança concurso com apenas 53 vagas e cadastro de reserva!
