Waldemar Rêgo, escritor, jornalista e artista plástico, publica artigo no Diário da Manhã desta quinta-feira no qual afirma que Friboi representa a mudança.
Na avaliação do autor, o cenário político local revela uma disputa considerada interessante e opina que Iris representa o passado.
Veja o artigo:
Friboi desafia Iris e ganha
Friboi queira ou não, representa a mudança. A onda de repúdio ao modelo político vigente e o cansaço do povo com essas coisas chamadas de “líderes” que na verdade não lidera ‘P’ nenhuma, cansou o eleitor. Todos, eu disse todos esses nomes que estão na fita para serem candidatos ao governo de Goiás, são farinha do mesmo saco. Não há nada de novo nessas figurinhas carimbadas pela história.
O povo quer mudanças, as ruas dizem isso, a juventude clama pelos seus direitos, o País necessita de novos horizontes, de homens experimentados na administração. Salvo as raríssimas exceções, nossos chamados “líderes”, até hoje só enterraram o Estado. De Astro Gráfica à Cachoeira, não há nada que se aproveite. Repito é tudo farinha do mesmo saco.
É desonesta a tentativa de querer fazer o povo refém de uma história, impondo um nome porque nos idos de um passado longínquo, ele tenha sido caçado pela ditadura e sido um governador razoável. Maguito Vilela foi infinitamente melhor, sendo inclusive escolhido o melhor governador do Brasil, e mesmo assim não cogita candidatura, não nesse momento.
O PMDB goiano já levou quatro eleições no lombo porque não encontra identificação com o eleitorado jovem, diferente de Marconi que já colocou sua campanha na rua, visando esse eleitorado, principalmente quando faz publicidade de suas obras gastando milhões em shows para esse tipo de eleitor – o eleitor jovem que nunca ouviu falar de Iris. Hoje, Iris possui densidade eleitoral cristalizada, apenas entre os eleitores na faixa acima de 50 anos, diferente de Marconi que instiga a juventude com seus comerciais de cunho desafiador e aventureiro.
O caos no PMDB goiano está estabelecido porque Friboi não arreda pé de sua candidatura, e ela com certeza envolveria acordos maiores – como Brasília & JBS para 2014. Isso para ficar num só exemplo. Se Iris insistir, Friboi implode o partido, pois sua pujança financeira banca todo o partido, e de lambuja, toda a base de oposição para essas próximas eleições. Por isso ele enfrenta Iris onde este o queira, inclusive nas convenções. Ao bem da verdade, Iris passou da medida e da hora de vir a público dizer que o candidato do partido é Júnior Friboi, isso para salvar a si mesmo e suas viúvas.
Todos os prefeitos e deputados estaduais ou federais da base de oposição, ou os que bateram na trave e que por poucos votos não se elegeram, sabem o custo de uma campanha e vêem em Júnior Friboi a munição financeira para disputar essas eleições com chance de ganhar e Iris Rezende não tem nada a oferecer nesse sentido, só o nome, um nome cansado e que representa apenas o passado. O que ele oferece, é apenas o passado e essa moeda já não paga mais o preço dos anseios da juventude empedernida que está nas ruas.
Tenho grande apreço pela figura de Iris Rezende, mas seu tempo é passado. Já não há mais identidade com seu modelo de gestão. Seu estilo coronelista de fazer política e a egolatria desmedida sepulta suas intenções. Friboi, ao contrário, é um homem experimentado em administração – a prova disso está aí para que Goiás e o mundo inteiro possam ver. Friboi pode colocar Goiás em seu devido lugar. Nós não precisamos mais de grandes oradores e nem de líderes que não fazem nada, precisamos de gente que saiba trabalhar.
(Waldemar Rêgo, escritor; jornalista; artista plástico; e-mail: waldemarregojr@gmail.com)
