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Gestão foi marcada pela austeridade
21 de setembro de 2013 (sábado)
Desde o início do governo, o secretário da Fazenda, Simão Cirineu, ficou conhecido pela defesa de austeridade em gastos públicos. Quando assumiu, em 2011, encontrou déficit de R$ 2,7 bilhões. Havia, segundo seus cálculos, apenas R$ 35,6 milhões no caixa do Tesouro e dívidas de R$ 572 milhões a serem pagas de imediato, inclusive R$ 382 milhões com a folha salarial de dezembro de 2010.
Para mudar a situação, cortou gastos e lançou o programa de Recuperação de Crédito (Recuperar), vendeu a folha de pagamento para a Caixa Econômica Federal (CEF) por R$ 304 milhões, conseguiu perdão do Tesouro Nacional pelo não cumprimento das metas, iniciou as negociações para o empréstimo da Celg, além da antecipação dos royalties dos recursos hídricos no valor de R$ 143 milhões e desenvolveu ações para reestruturar as dívidas do Estado com juros mais baixos. Ganhou entre alguns auxiliares do governo o apelido de “Cirinão”, num trocadilho com seu sobrenome e a fama de frequentemente negar pedidos de recursos de outras pastas.
No entanto, Simão Cirineu não obteve êxito em uma de suas principais bandeiras: enxugar os gastos com o funcionalismo estadual. Ferrenho defensor da redução de comissionados e revisão de benefícios, o ex-secretário nunca conseguiu convencer a cúpula política do governo a efetuar os ajustes – ainda que o próprio governador tenha prometido cortes no início deste ano.
Simão alertava que a despesa com a folha é insustentável e que isto pode inviabilizar as contas do Estado dentro de pouco tempo.