O deputado estadual Samuel Belchior anunciou nesta segunda-feira que, a despeito do linchamento moral ao qual se submeteu, continua presidente do PMDB em Goiás.
O assunto foi discutido em reunião com a executiva do partido na segunda-feira.
Na prática, a negativa de Samuel em apear do poder deve desencadear consequências sérias para o PMDB.
A mais grave delas é estancar o processo de filiação de novos militantes a um ano do processo eleitoral.
Por conta da baixa credibilidade que goza hoje a classe política, é normal que o eleitorado se afaste dos partidos. Quando se trata de um partido envolvido em escândalos de corrupção, então, a resistência é maior ainda.
Samuel está obrigando o PMDB a dividir com ele o desgaste das denúncias, e tudo indica que este “acumpliciamento” só vai acontecer porque ele faz questão. Afinal de contas, a própria dona Iris já sugeriu que o melhor para o partido seria o afastamento dele da presidência.
A ambição cega orienta Samuel a continuar presidente da mesma forma e o orientou a buscar laços estreitos com quem não deveria.
O PMDB é maior que Samuel, e não tem culpa pelo seu comportamento.
Por que, então, rachar a fatura com ele?