Se houver uma característica que é indissociável do deputado federal Ronaldo Caiado é o seu personalismo e o fato de decidir na política de maneira 100% pessoal, sem consultar nem dar satisfações para ninguém, tratando o DEM, seu partido, como propriedade particular em Goiás.
Por isso, repercutiu como manifestação de humor uma declaração de Caiado, na coluna de Helton Lenine, Fio Direto, nesta segunda-feira no Diário da Manha, dizendo que vai “consultar os companheiros do DEM no interior do Estado” sobre o caminho que deverá seguir nas eleições do ano que vem.
Caiado é o político mais isolado do Estado, hoje. Mais até que Vanderlan Cardoso (que pelo menos tem um prefeito, Misael de Oliveira, de Senador Canedo, e o apoio do ex-vice-governador Alcides Rodrigues). Tudo e todos se afastaram do ruralista, que acabou com um partido esvaziado, sem lideranças de expressão e sem aliados de peso.
“Consultar” os companheiros, ele não vai. Por dois motivos: primeiro, companheiros não há; segundo, ele não é nem nunca foi de “consultar”. Caiado resolve sozinho o que vai fazer e… sai da frente quem não concordar.
Foi assim que saíram todos do DEM, que se reduziu à condição de partido nanico e vive hoje, em Goiás, da negociação oriunda do interesse dos grandes partidos pelo seu tempo de televisão.
E nem se fale em candidatura de Ronaldo Caiado à Presidência da República. Isso passa perto de piada. A situação do líder ruralista é complicada e ele já fala até em candidatura isolada a senador – um risco que poderá levar a uma derrota acachapante e a afastá-lo em definitivo da político.
