Os empresários Júnior Friboi e Vanderlan Cardoso foram extremamente bem sucedidos nos negócios e se transformaram em milionários. Hoje, são homens riquíssimos, que podem comprar o que quiserem quando e onde acharem oportuno.
Mas, talvez entediados com a vida monótona de quem só sabe ganhar dinheiro (o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso dizia que vida de rico é muito chata), os dois resolveram ingressar na política.
Mas a política é um “passatempo” difícil e perigoso. Pra começo de conversa, Júnior e Vanderlan são obrigados a se curvar perante pessoas que não têm sequer um milionésimo do patrimônio deles. Oh! horror dos horrores: gente, às vezes, que vive prosaicamente…de salário. E, pior ainda, são obrigados a viajar pelo Estado afora, participando de reuniões mambembes, com “lideranças” políticas de quem nunca se ouviu nem nunca se ouvirá falar.
Acostumados a viver em palácios, os dois milionários transformaram-se em assíduos frequentadores de casebres.
Imagine só ou Júnior Friboi ou Vanderlan ouvindo conselhos e palpites de quem não tem dinheiro, não sabe ganhar dinheiro e não vai jamais conhecer a boa vida que a abundância de recursos garante a ambos?
É duro.
Ocorre que, na política, ainda que em uma sociedade capitalista como a brasileira, ser rico não é tudo. O próprio Iris Rezende é uma prova, pois, apesar de ter acumulado uma grande fortuna, ele deus os seus primeiros e bem sucedidos passos na vida pública mais pobre do que Jó.
Mais ainda: na tradição histórica de Goiás, há uma sucessão de exemplos mostrando que grandes empresários não dão certo e não chegam nunca aos principais cargos do poder estadual, como o de governador ou prefeito de Goiânia. Eventualmente, são eleitos deputados ou até se transformam em senadores, como Benedito Boa Sorte, no passado, e Wilder Tavares e Cyro Miranda, na atualidade (nenhum desses dois, aliás, disputando eleição).
No fundo, Júnior Friboi e Vanderlan Cardoso são candidatos deles mesmo. Meteram na cabeça a obsessão de governar Goiás. Não têm história, não têm base social nem política, não são frutos legítimos da evolução das relações de poder, tal como o são Marconi Perillo, Iris Rezende, Maguito Vilela, Antonio Gomide e muitos outros nomes “autênticos” e não fabricados como os “frangos de granja” Friboi e Vanderlan.
Será que vão dar certo? Provavelmente, não.