Em editorial, nesta segunda-feira, o mais importante jornal de Goiás – O Popular – questiona com dureza o auxílio alimentação para os promotores e procuradores estaduais.
O editorial lembra as manifestações populares deste ano e registra que parte da energia das manifestações foi direcionada para pressionar o Congresso Nacional no sentido de rejeitar a PEC 37, que poderia trazer limitações para o poder de investigação do Ministério Público.
Apoiado pelas ruas como uma instituição de credibilidade, o MP Estadual acabou traindo essa expectativa no caso do auxílio alimentação (e o blog 24Horas também registra a recente criação de cargos comissionados pelo MP Estadual) . “Causa no mínimo estranheza a falta de transparência na decisão de aumentar o valor do auxílio-alimentação pago a promotores, procuradores e servidores, com reajuste retroativo a cinco anos, como mostrou reportagem publicada com exclusividade ontem no POPULAR. Só o pagamento dos retroativos representa gastos de no mínimo R$ 13,1 milhões”, afirma o editorial.
Cabe ao Ministério Público dar exemplo, entende O Popular. Mas não é o que está acontecendo. O editorial conclui: “Alguns membros do MP, com as diferenças retroativas, estão recebendo mais de R$ 39 mil adicionais. Vale lembrar que um promotor no início de carreira recebe R$ 20, 6 mil e um procurador, R$ 32 mil. Remunerações muito acima da média salarial do País, o que já leva a questionar a necessidade de benefícios extras, como este para alimentação, de 710 reais por mês”.