A iniciativa da CUT de empregar o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, condenado pelo STF no julgamento do mensalão, foi criticada por integrantes de diversos setores da oposição. “Isso é sangria de recurso sindical para um condenado da Justiça”, afirmou o senador Agripino Maia (RN), presidente nacional do DEM.
Veja matéria do site Brasil 247
Perillo vê de camarote briga entre PT e PMDB
Líder nas pesquisas e apostando em obras na Capital, governador observa de longe acirramento das divergências entre os aliados da oposição; PMDB oficializou pré-candidatura de Júnior Friboi, que despacha Iris Rezende para o Senado e tenta se viabilizar; PT não aceita o nome do empresário e já lançou Antônio Gomide ao governo; no meio dessa briga, a aliança corre o risco de ser desfeita e diretórios nacionais ainda devem entrar na parada, tudo em nome da reeleição de Dilma
17 de Janeiro de 2014 às 15:31
Goiás247- Longe de Goiás, de férias com a família, o governador Marconi Perillo tem motivos para sorrir neste começo de 2014. Resguardado pelo cargo e liderança nas pesquisas eleitorais, o tucano observa de camarote a briga intensa entre PMDB e PT. Os dois partidos não entram em acordo sobre a aliança da oposição e cada um quer lançar o candidato ao Palácio das Esmeraldas.
Perillo, que deve anunciar se disputará a reeleição só no meio do ano, intensifica as ações e andamentos das obras na Capital e comemora aumento nos índices de popularidade. Publicamente, o governador não diz qual adversário prefere, mas nos bastidores do Palácio a preferência é por um rival já conhecido e derrotado duas vezes, Iris Rezende (PMDB).
O prefeito está discreto. Dá corda para o empresário Júnior Friboi, que é o pré-candidato oficial do partido, mas diz estar pronto para qualquer chamamento. Tática já usada por Iris em outros pleitos. Friboi prefere ver o colega na disputa por uma vaga no Senado. Falta só convencer Iris.
Quando percebeu que essa divergência no PMDB poderia se agravar, o PT resolveu botar as assas para fora. O partido garante que não existe essa fidelidade total ao acordo com o PMDB e que tem direito, sim, de lançar um candidato. E ele já foi lançado. É o prefeito de Anápolis, Antônio Gomide, irmão do deputado federal Rubens Otoni, também petista. O PT goiano não aceita a candidatura de Friboi. Argumenta que o empresário tem desempenho fraco nas pesquisas e não tem capilaridade eleitoral.
No atual cenário, Perillo enfrentaria Vanderlan Cardoso (PSD), que tenta reconquistar o apoio de Ronaldo Caiado (DEM), Antônio Gomide (PT) e o candidato do PMDB, Iris ou Júnior Friboi. Vanderlan obteve 500 mil votos em 2010, passou pelo PMDB e agora é PSB. Perdeu aliados e tenta juntar os cacos após a briga de Caiado com Marina Silva.
Anápolis foi território tucano na última eleição e Perillo nadou de braçada, conquistando quase 65% dos votos válidos. Gomide foi reeleito em 2012 com quase 90%, mas ainda é um nome desconhecido no resto do Estado. Historicamente, Marconi perde na Capital e não à toa investe pesado para mudar o panorama.
O governo tem obras grandes: viadutos, reforma do Autódromo, construção do hospital Hugo 2, duplicação da GO-020, conclusão do Centro de Excelência do Esporte e construção do Credeq em Aparecida de Goiânia.
Sempre que alguém da oposição fala, o discurso é o mesmo. É melhor estar unido já no primeiro turno. Sem Vanderlan, claro. Ele já avisou que vai sozinho. No entanto, PMDB e PT não se esforçam para estabelecer um clima de paz. Ao contrário. Hoje a guerra está deflagrada e os diretórios nacionais estão envolvidos e no meio ainda tem a eleição de Dilma Rousseff.
Líder nas pesquisas, Marconi Perillo espera.