Em uma reação destemperada à sua condenação por improbidade administrativa, por ter feito uma doação ilegal de R$ 550 mil a um time de futebol, quando era prefeito de Senador Canedo, o empresário Vanderlan Cardoso acusou a juíza Yanne Pereira e Silva, que prolatou a sentença, de agir com “objetivos políticos”.
O Ministério Público Estadual, que fez a denúncia contra Vanderlan, também não foi poupado por ele. Segundo o milionário de Senador Canedo, os promotores têm “dois pesos e duas medidas”, pois há outras esferas da administração pública que também fizeram doações para times de futebol e não foram processados.
No Brasil, políticos denunciados ou condenados por corrupção e atos ilegais na administração pública costumam ter o mesmo discurso: alegam que estão sendo perseguidos politicamente. É a desculpa esfarrapada de sempre, a que Vanderlan, agora, recorre mais uma vez.
O empresário, na condição de ex-prefeito, responde a outros processos, acusado de improbidade administrativo. No Diário da Manhã desta quarta-feira, ele afirma que está sendo vítima de “uma sucessão de julgamentos”, que “assuntos jurídicos estão sendo tratados politicamente” e que vai “dar uma resposta nas esferas responsáveis”.