Apesar de alegar que está sendo “perseguido por razões políticas”, o pré-candidato do PSB a governador, Vanderlan Cardoso, foi condenado por improbidade administrativa pela Justiça Estadual com base em fatos que realmente não são compatíveis com a lei e a moralidade.
Vanderlan, como prefeito de Senador Canedo, firmou um convênio com um time de futebol, a Agremiação Esportiva Canendense, que era dirigido por um membro da sua equipe de secretários – Marco Antônio Caldas Júnior, presidente da agremiação esportiva e então secretário municipal de Esportes.
Já começa a ficar claro, nesse detalhe, que havia algo de podre no ar.
O Ministério Público Estadual investigou a operação e concluiu que a doação de R$ 550 mil ao time “não atendia ao interesse público” e que o convênio assinado nesse sentido não legalizava a doação porque era “ilegal” e “inconstitucional”.
Feita a denúncia, Vanderlan apresentou sua defesa. Mas a juíza Yanne Pereira e Silva, concluiu que a doação foi “imoral, ilegal e lesiva ao patrimônio municipal de Senador Canedo” e condenou o empresário a pagar uma multa, além de suspender os seus direitos políticos.
Para Vanderlan, a juíza agiu com o objetivo de atingir “fins políticos”, ou seja, prejudicar a sua candidatura a governador de Goiás. Da mesma forma, segundo ele, teria se comportado o Ministério Público Estadual, quer dizer: o MP denunciou Vanderlan para também prejudicar sua candidatura a governador.
O essencial, o milionário de Senador Canedo não fala: ele, que vive acusando gastos supérfluos do Governo Estadual, transferiu uma pequena fortuna dos cofres públicos de Senador Canedo para uma entidade esportiva privada. E agora está sendo punido por isso.