O presidente do Conselho Estadual de Cultura do Estado, Carlos Cipriano Gomes Junior, está politizando o debate sobre a questão do Fundo de Cultura.
O movimento é justo e legítimo, mas alguns agentes culturais, como Cipriano, preferem criar factoides do que fazer um debate sério e técnico com o governo do Estado, que está com as portas abertas para a discussão.
Cipriano apareceu nas redes sociais com metade do cabelo e da barba raspados em protesto contra a medida.
Vivemos numa democracia e ele tem todo o direito de protestar, mas, convenhamos, uma conversa não seria melhor antes do “sacrifício” e da exposição da nova imagem?
O fato é que adotar posturas de protesto radical e juvenil, como cortar metade do cabelo e da barba, não ajuda no encaminhamento de soluções. Trata-se de uma pressão boba e nada racional. Melhor caminho seria sentar-se à mesa e conversar como gente grande e não partir para, digamos assim, a autoflagelação (acredita-se que ele deve gostar de suas madeixas) pública ou a espetacularização do fato.
O protesto não fez sucesso nas redes. Até há pouco, apenas 40 pessoas haviam curtido.
Nesta quinta-feira, o governador Marconi Perillo vai receber uma comissão da cultura.
Já é um avanço e uma solução para o impasse pode sair.
Mas de forma madura e responsável.
Não como uma ação adolescente e intempestiva.
E se o governador decidir pelos 100%. Cipriano vai colocar uma peruca, fazer implante e uma barba postiça?