O Diário da Manhã ouviu cientistas políticos a respeito do resultado da pesquisa Fortiori. Eles afirmaram que os números mostram que Marconi Perillo será protagonista na eleição de 2014.
Pedro Célio Borges, professor de Ciências Políticas da Universidade Federal de Goiás, disse que os índices da pesquisa confirmam as expectativas de que o governador inicia 2014 com o seu projeto de reeleição fortalecido. “O levantamento feito apoiou-se em duas constatações preliminares que, nesse momento, fazem-se decisivas. Não há e dificilmente haverá outro pretendente no campo das forças governistas. Do lado oposicionista, a simetria contrária é quase perfeita, permanecendo as indefinições quanto ao nome do candidato nem quanto ao rumo a ser seguido.”
Para Pedro Célio Borges, o quadro emoldurado por estas duas evidências para ser potencializado aos olhos vistos pelos efeitos da recuperação do governo Marconi nas avaliações institucionais. “E isso reverte no crescimento de prestígio eleitoral de seu titular, que, há poucos meses, não ia bem das pernas, enrolado que estava com os imbróglios da Operação Monte Carlo e com os desgastes da administração. Esse desgaste iniciava-se especialmente em categorias-chave dos servidores públicos estaduais, como os das áreas de educação, segurança e saúde.”
O cientista político sustenta que, para as oposições, restam questões de como enfrentar os desafios de não deixar essa tendência (ambiente favorável à reeleição do governador) consolidar-se como definitiva, entre fevereiro e junho. “Eu creio que a falta de um programa claro para apresentar à população de Goiás deve estar dificultando as outras indefinições, quanto aos eixos de um discurso eleitoral e quanto ao candidato.”
Pedro Célio conclui sua análise ao dizer que, para o governo tucano administrar o crescimento, no plano das forças internas e da convivência com as necessidades rígidas pela disputa nacional à Presidência, “esta tarefa mostra-se bem mais tranquila do que a dos adversários, devido ao comando comprovado de Marconi diante de seus aliados e dado também à comodidade que a polarização nacional entre PSDB e governo Dilma lhe concede.”