A companhia do ex-governador Alcides Rodrigues, que se filiou ao PSB, e o esforço desesperado para refazer a aliança com o deputado federal Ronaldo Caiado transformaram-se em um problemão para o empresário Vanderlan Cardoso.
Vanderlan abandonou a nomenclatura “terceira via” e passou a chamar o seu grupo político de “nova via”. Segundo ele mesmo, o seu objetivo na política é acabar com as velhas práticas e inovar com um jeito diferente de administrar o Estado.
É aí que a porca torce o rabo. Alcides Rodrigues, além de ter sido um péssimo governador, representa a elite agrária e conservadora do Estado. É só ver as opiniões do governador, quando abre boca. Por exemplo: ele acha que os programas sociais são inconvenientes porque, ao colocar dinheiro nas mãos das famílias pobres, diminuem a oferta de mão de obra para as fazendas goianas.
Ronaldo Caiado, por sua vez, vem de uma oligarquia que passa de 100 anos na história política de Goiás. É radical e, em princípio, contrário a qualquer mudança. Um dos poucos políticos, no Brasil, que assume ser de direita e contrário à onda de sustentabilidade ambiental que está tomando conta de todos os países.
De mãos dadas com Alcides e correndo atrás de Caiado, que foi enxotado das proximidades do PSB pela ex-senadora Marina Silva, Vanderlan simplesmente não convence como um líder atrás de uma nova prática política.
Foi isso que Martiniano Cavalcante e Elias Vaz desnudaram nos últimos dias. Reação de Vanderlan: não quis discutir os argumentos apresentados, desqualificou os dois e sentou o pau.