Para vender assinaturas, o jornal O Popular há tempos deixa de valorizar o seu jornalismo e insiste na distribuição de brindes domésticos para quem – em tempos de comunicação acelerada via internet – ainda se dispõe a investir em jornal impresso.
Assim, O Popular transformou-se em loja de eletrodomésticos fabricados na China. Chaleiras, churrasqueiras, cafeteiras, faqueiros e, agora, batedeiras são oferecidas para compensar o dispêndio com a compra do jornal.
O último anúncio, que promete uma batedeira Mondial a quem subscrever uma assinatura, mostra um exemplar do jornal sendo espremido, do qual escorrem apenas letrinhas miúdas.
Ou seja: nada.
É o próprio mostrando o que pensa dele mesmo?
Ou obra de algum gênio da propaganda? Ou de alguém que teve o inconsciente contaminado pela certeza de que os veículos de comunicação em papel estão a caminho do fim?
E estão mesmo.