O “banco de leitos”, suposta “proposta” do pré-candidato do PSB a governador, Vanderlan Cardoso, para “resolver” os problemas da saúde em Goiás, baseia-se em dados equivocados e volta-se apenas para um aspecto da questão do atendimento médico da população, esquecendo-se que o compromisso do Poder Público é garantir assistência integral de saúde a toda a população.
Na verdade, a “proposta” limita-se a recontar o que já existe, acrescentando aos leitos garantidos pelo SUS os demais leitos da rede hospitalar privada – que também já são usados pelo sistema de saúde pública estadual.
Hoje, por exemplo, Goiás está acima do número de leitos de UTI calculado pelo Ministério da Saúde para o tamanho da sua população, que seria de 600 leitos. No momento, estão disponíveis 833 leitos de UTI, ou seja, 233 a mais que o exigido pelas normas do setor de saúde pública.
Além disso, o número de leitos hospitalares SUS em Goiás está crescendo acima da média nacional, conforme mostrou a última pesquisa PNAD do IBGE: de 5.442 leitos em 2009, Goiás passou para 5.738 leitos disponíveis pelo SUS, hoje.
Só o Hospital de Urgência da região noroeste de Goiânia, que está em conclusão (fica pronto até o meio do ano), deverá acrescentar mais 360 leitos a esses já existentes. O Hugo 2 terá ainda 40 leitos de UTI, 10 leitos de observação, 10 centros cirúrgicos e uma ala para pacientes com queimaduras composta por 13 leitos, serviço que ainda não é oferecido pelo SUS no Estado.
Nenhum desses números ou dados foi citado por Vanderlan em sua “proposta” para a saúde, formulada em um texto de 17 linhas com erros cabeludos de português, em sua conta pessoal no Facebook, o que até torna difícil a compreensão sobre o que é o seu “banco de leitos”.