Periodicamente, o empresário Vanderlan Cardoso pendura banners com frases de efeito no seu perfil no Facebook.
Ao lado de fotos suas, geralmente contemplando o infinito, como um “estadista”, Vanderlan dá lições sobre a administração pública e se arvora em intérprete do que os “goianos” pensam e desejam.
O último é esse aí, sobre a transparência – que, sim, Vanderlan tem razão, é necessária e obrigatória em todos os níveis da administração pública.
Só que, quando alguém dá lições de moral, é conveniente que tenha um passado limpo e uma biografia adequada e em condições de dar credibilidade ao que está dizendo.
Não é o caso de Vanderlan. Ele foi prefeito de Senador Canedo e, por não dar atenção às regras da transparência que agora defende, foi denunciado pelo Ministério Público e responde como réu a vários processos de improbidade administrativa, inclusive um em companhia da sua esposa, Izaura Cardoso, também ré.
Pior ainda: em um desses processos, Vanderlan já foi condenado pela Justiça, em primeiro grau, e teve até os seus direitos políticos suspensos por três anos. Caso não consiga reverter a decisão no segundo grau, ficará inelegível e não poderá disputar as eleições deste ano.
Por que Vanderlan foi condenado? Segundo a sentença, por gastar R$ 550 mil reais da Prefeitura de Senador Canedo sem a devida transparência, ou seja, sem observar as normas legais. O milionário entregou essa pequena fortuna a um time de futebol, sem nenhuma contrapartida. Mais grave: o time era dirigido por um auxiliar seu. Transparência foi o que Vanderlan não observou.
Com tudo isso nas costas, ele ainda se acha credenciado a dar lições sobre… como se comportar com transparência na administração pública.
Aném…