O mito do mutirão como técnica administrativa inovadora, capaz de despertar a solidariedade da população na realização de serviços rotineiros da Prefeitura de Goiânia na época em que Iris Rezende foi prefeito pela primeira vez, nos idos dos anos 60, começa a cair por terra.
Mutirão, na verdade, foi uma jogada inventada por Iris para fazer os operários municipais trabalharem de graça.
Isso mesmo: sem remuneração.
E se alguém tem dúvida, basta acessar um vídeo na internet, em que o próprio Iris confessa que a Prefeitura estava em dificuldades financeiras, quando ele assumiu, nos tempos de antigamente, e ele então bolou o mutirão para garantir a prestação dos serviços básicos à população, como a limpeza de lotes baldios, por exemplo.
Iris conta que convenceu “os trabalhadores, em regime de mutirão, a limpar os bairros, pintar os prédios públicos e construir casinhas para quem morava em casas de papelão”. O pagamento era um prato de comida, que a então primeira dama Iris Araújo, à frente de uma equipe gigantesca, preparava para “milhares de trabalhadores”.
É isso: um prato de comida era o pagamento pelo dia de trabalho.
A verdade dói. E é o próprio Iris quem inocentemente a revela : o tão decantado e celebrado mutirão não passou de um artifício para contornar a suposta falta de dinheiro da Prefeitura para pagar os seus trabalhadores.
Veja o vídeo. Preste especial atenção, leitor, no trecho da fala de Iris que vai dos 0:40 aos 1:50 minutos.