Dois fatos que indicam tibieza moral vão acompanhar a oposição goiana na campanha que se inicia.
Um, é a “traição” do PT ao PMDB. Graças aos peemedebistas, o PT ganhou de mão beijada a Prefeitura de Goiânia – com a indicação de Paulo Garcia para vice de Iris Rezende, o mandato tampão e a reeleição em 2012. Na hora de retribuir, o PT deu as costas para o PMDB e lançou Antônio Gomide, “traindo” um acordo que, é bem verdade, nunca foi feito em termos explícitos, mas que estava subjacente ao ajuste que levou à chapa Iris-Paulo Garcia em 2008.
Outro, é a palavra que Iris deu ao bilionário Júnior Friboi, quando este se filiou ao PMDB. Várias testemunhas presenciaram Iris dizendo que não seria candidato a governador, inclusive um senador, Valdir Raupp, que também é presidente nacional do PMDB. Nesta semana, em entrevista ao programa de Paulo Beringhs, Raupp sugeriu que Iris mentiu: “O governador Iris afirmava, categoricamente, que não seria candidato. Se, desde o início, o doutor Iris tivesse dito que seria candidato a governador, o Júnior não teria vindo para o PMDB”.
Portanto, uma “traição” e uma “mentira” – que irão acompanhar de perto a trajetória dos candidatos do PT e do PMDB, sejam quem for, durante toda a campanha.