Veja a reportagem do site Goiás247 sobre a crise financeira e de autoridade na prefeitura de Goiânia:
Déficit provoca conflito entre site e secretário
Goiás247 – A crise na prefeitura de Goiânia provoca falta de sincronia entre os membros do primeiro escalão e mostra que o prefeito Paulo Garcia (PT) não está em sintonia com sua equipe. Reportagem de O Popular, deste sábado, assinada por Pedro Palazzo, revela que o prefeito recusou uma reforma administrativa que economizaria gastos de R$ 45 milhões por mês e preferiu um corte conservador, porém insuficiente para cobrir déficit, de apenas R$ 1,5 milhão mensais.
Quem faz esta revelação é o próprio secretário de Finanças, Cairo Peixoto, que disponibilizou um relatório de sua proposta ao Popular. A reforma de Cairo, conhecido por ser falastrão e não esconder a realidade, previa a demissão de comissionados e o fim de gratificações, mas o prefeito rejeitou. O déficit do Paço atualmente é de R$ 40 milhões a cada mês.
“Ele disse que é muito dura. Que é um remédio que mata o paciente. Então ele fez aquela reforma em detrimento desta”, disse Peixoto ao Popular. O secretário explicou o rombo nas contas afeta diretamente a prestação de serviços da prefeitura, como coleta de lixo e operação tapa buracos.
A cidade vive a crise do lixo desde o ano passado. A Comurg não tem caminhões suficientes para a coleta e como frequentemente não paga o aluguel dos veículos às empresas, essas suspendem os contratos e os caminhões são retirados das ruas. O resultado é lixo nas ruas e mau cheiro por toda a Capital.
O excesso de sinceridade de Cairo Peixoto irrita aliados de Paulo Garcia. Muitos já querem a saída do chefe das finanças do Paço, que não tem pudor nem mesmo na hora de criticar o chefe e a atual situação da prefeitura. “A situação encontrada está insustentável”, costuma dizer Peixoto.