segunda-feira , 25 novembro 2024
Goiás

Portal do TJ-GO: Justiça nega pedido de indenização de Maguito contra autor do livro “Os Coveiros do BEG”

Deu no portal de notícias do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás:

O juiz da 10ª Vara Cível de Goiânia, Jair Xavier Ferro, negou pedido de indenização feito por Luiz Alberto Maguito Vilela contra Walmir Martins de Lima. O ex-diretor comercial e presidente do Banco do Estado de Goiás (BEG) escreveu um livro intítulado Os Coveiros do Beg e mencionou os ex-governadores de Goiás, Iris Rezende e Maguito Vilela.

O atual prefeito de Aparecida de Goiânia ajuizou ação de indenização por danos morais contra Walmir Martins, alegando que o conteúdo veiculado no livro é extremamente depreciativo, contendo inclusive foto com sua imagem na capa. De acordo com o político, o autor do livro atribui a ele a quebra do Beg, com inúmeras acusações quanto à existência de fraudes com o dinheiro público, desvio de verbas, custeio de campanhas eleitorais do PMDB, entre outros.

Maguito Vilela afirmou também que o escritor fez afirmações extremamente agressivas à sua pessoa, inclusive, imputando a ele condutas criminosas. Na obra, Walmir cita o caso Astrográfica, empresa que teria se beneficiado de empréstimo forjado para pagar as contas de campanha de Maguito, no ano de 1994.

Walmir contestou as afirmações do político e alegou que defende a liberdade de manifestação do pensamento. Ele alegou ainda que foi diretor comercial do Beg no período de 1991 a 1994 e presidente do banco de 1995 a janeiro de 1999, tendo pleno conhecimento para escrever uma obra literária sobre a gestão do Beg.

Asseverou que na publicação não há nenhuma ofensa à pessoa de Maguito Vilela nem mesmo a Iris Rezende, mas sim críticas a seus governos e à maneira com que conduziram a administração do banco. Segundo ele, a afirmação de que o empréstimo feito à empresa Astrográfica havia sido destinado ao pagamento de de dívidas de campanha do PMDB em 1994, se deu por se tratar de fato público e notório.

O magistrado observou que, quando as pessoas públicas recebem críticas veiculadas em matéria jornalística que narram fatos de interesse público, não é configurado dano moral no exercício regular ao direito de informação. Jair Xavier ressaltou que, ao incluir o nome de Maguito em uma lista de parlamentares intitulados como responsáveis pela morte do Beg e citar fatos e dados relacionados, Walmir não violou o direito consitucional e praticou ato lícito.

Ele pontuou que “a obra publicada não tem o condão de afetar a intimidade do político”. De acordo com o juiz, “a matéria tem natureza meramente informativa, não denotando violação ao exercício regular do direito de informar ou criticar”. Foi considerado o artigo 220 da Constituição Federal em que a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição.

Jair concluiu que não há, neste caso, elementos capazes de justificar a necessidade de reparação, sobretudo pelo fato de não enxergar requisitos ensejadores do dano moral. Ele entendeu que as críticas e denúncias contidas no livro não afetam diretamente a pessoa de Maguito Vilela, mas são direcionadas a seu governo e à forma que conduziu a administração do Beg. Fonte: TJGO

Artigos relacionados

Goiás

Goiás violento: mulher agride mãe idosa após discussão em Anápolis

Violência Uma mulher é investigada por agredir a própria mãe idosa. O...

Goiás

Goiás violento: homem matou o namorado e vendeu o carro dele

Violência Um homem identificado como Francinaldo Silva Guimarães, de 26 anos, é...

Goiás

Surto de Doença Diarreica Aguda atinge 12 cidades de Goiás

Fato Um surto de Doença Diarreica Aguda atinge 12 cidades de Goiás....