Veja artigo de Bráulio Morais publicado no Diário da Manhã:
Equilíbrio, bom senso e responsabilidade
Diário da Manhã
Bráulio Morais
A vida nos ensina, em todos os momentos, que o equilíbrio pode e deve ser aplicado em qualquer situação. Sabemos que atitudes extremas carregam em si uma energia oposta, provocando sempre um desequilíbrio, um choque, seja no relacionamento, no trabalho, no lazer, no esporte, nas artes, enfim, em tudo que praticamos no exercício da vida em sociedade. Mas parece que, infelizmente, estamos perdendo o bom senso, o senso do equilíbrio, da serenidade, da responsabilidade. E o que é pior, perdendo a noção da importância desses valores. Não é difícil perceber que o comportamento ponderado está cada vez mais ofuscado pelas atitudes pautadas pela polêmica e o exagero. No mundo globalizado, midiático e imediatista, o lema parece ser: “o que choca, agrada”, afinal, a normalidade não dá audiência.
Na política não é diferente, mesmo porque existem os falastrões, os bravateiros, os demagogos, os oportunistas que às vezes chamam mais atenção que os homens de bem. Sim, existem homens e mulheres de bem na política brasileira, representantes do povo que exercem seus cargos com dignidade, comprometimento e empenho. E é exatamente por estarem ocupados, cumprindo com o dever e a missão que os eleitores lhes confiaram, que não são vistos pelos holofotes da notícia do dia. Entre bons exemplos de políticos goianos, destaco o deputado federal Vilmar Rocha, cuja trajetória exemplar soma cinco mandatos no Congresso Nacional, depois de prestar um trabalho expressivo na Assembleia Legislativa.
Nascido em Niquelândia, mudou-se ainda jovem para Goiânia com o objetivo de dar sequência aos estudos. Convivi com esse início de sua carreira, pois o conheci ainda jovem como Vice Diretor da Escola Estadual Assis Chateaubriand, onde conclui o curso ginasial. Ali já se desenhava, com brilhantismo, a sua exitosa carreira. Exercia uma liderança de destaque entre professores e alunos, um dedicado e competente conciliador. Representava o ponto de convergência daquela importante instituição de ensino. Para minha satisfação, voltei a encontrá-lo como professor da Faculdade de Direito da UFG e pude perceber, como seu aluno, que ele amadureceu preservando seus valores de homem equilibrado, de bom senso e responsabilidade. Estudioso e observador, escreveu livros sobre o populismo na América Latina e suas consequências, entre outros temas. Um dos líderes do então PFL, que à época era a maior bancada da Câmara Federal e como presidente do Instituto Tancredo Neves, importante centro de estudos políticos econômicos sociais, Vilmar Rocha teve papel relevante na formulação e votação das reformas do período Fernando Henrique Cardoso como as privatizações, quebra de monopólios, plano real e implantação da lei de responsabilidade fiscal, entre outras reformas estruturais que melhoraram a qualidade de vida dos brasileiros.
Nos últimos três anos, como Secretário Chefe da Casa Civil do Governo de Goiás, Vilmar contribuiu de forma decisiva para o bom andamento e os resultados obtidos pelo governo Marconi Perillo. Seja em eventos públicos ou em reuniões mais reservadas, é comum ver e ouvir o Governador ressaltar as virtudes de Vilmar Rocha, reconhecendo o valor de sua estratégica participação no atual governo. A mais pura verdade, afinal, esse homem público de conduta honesta, sem uma mancha sequer em sua longa caminhada, tem prestado grandes serviços à Goiás e ao Brasil.
Por isso, ao ver iniciar a discussão de nomes que podem representar nosso Estado no Senado Federal, me sinto no dever de lembrar que tal cargo exige alguém com perfil ponderado, com compacidade de dialogar com da sociedade em geral, e principalmente, que esteja acima das paixões partidárias ou interesses de determinados seguimentos. Sendo assim, peço licença a você leitor para sugerir-lhe que preste atenção no trabalho deste ilustre parlamentar goiano. O perfil discreto e sereno, porém firme, de Vilmar Rocha pode não ser manchete de jornais, mas é, sem dúvida, o perfil ideal para representar Goiás no Senado Federal.
(Bráulio Morais, ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia)
