O que era suspeita ganhou contorno oficial. Os secretários municipais de Educação, Neyde Aparecida, e de Finanças, Jeovalter Correa, confirmaram que a prefeitura de Goiânia vai dar calote nos professores e não vai pagar gratificação de regência na aposentadoria, titularidade e adicional de 30% para maio para as auxiliares educativas, conforme havia prometido.
Estes pontos faziam parte do acordo firmado entre o prefeito Paulo Garcia e os servidores da Educação ao final da greve de outubro do ano passado. “Sei que é difícil para alguém que tem contas para pagar, uma família para cuidar, ouvir isso, mas acredito que seja possível compreender a situação em que a prefeitura está no momento. Não é possível dar o reajuste”, disse Neyde.
O representante do Comando de Greve, Renato Regis, afirmou ao Jornal Opção que a categoria não vai recuar. “Da última vez disseram que não iriam dar nem reajuste, mas ao final assinaram um acordo. Vamos continuar e esperar que dessa vez aconteça da mesma forma. Mas estamos dispostos a tomar atitudes mais radicais”, disse Renato.
Ele se diz revoltado com as afirmações dos secretários e conclui que a crise é reflexo da má gestão do prefeito Paulo Garcia (PT). “Não vamos aceitar que descontem isso nas costas dos professores”, e completou: “Pergunta se cortaram alguma coisa do salário do Neyde ou do prefeito”.
Renato disse no início da noite desta segunda-feira (26/3) ao Jornal Opção Online que cerca de 100 escolas e Cmeis já aderiram à greve. Renato ainda disse que na próxima quinta-feira (29/5) às 8h farão uma movimentação na praça dos Bandeirantes.