A candidatura do ex-prefeito de Anápolis, Antônio Gomide, a governador, acabou se transformando em um transtorno para a campanha da reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Se insistir com a candidatura e não aceitar compor como postulante ao Senado na chapa de Iris Rezende, Gomide simplesmente estará despachando o PMDB goiano da base de apoio a Dilma.
Nessa hipótese, Iris tende a levar os peemedebistas de Goiás a ficar com a candidatura de Eduardo Campos, que potencializaria o seu palanque no Estado, por enquanto restrito a quase ninguém em razão do isolamento político e partidário de Vanderlan Cardoso.
Aliás, o PMDB goiano tem 35 votos na convenção nacional que, no próximo dia 9 de junho, vai decidir sobre a aliança com o PT e o apoio à reeleição da presidente. Os peemedebistas goianos já avisaram que, se Gomide não recuar e aceitar um lugar na chapa de Iris, esses 35 votos serão contra a aliança.
Gomide, que sempre disse que a reeleição de Dilma era a sua prioridade, corre o risco de causar um enorme prejuízo para a presidente. Como ele não está conseguindo nenhum outro partido para se coligar com o PT, o seu palanque deve ficar isolado e restrito a um pequeno núcleo de petistas, deixando a presidente sem respaldo em Goiás.
Conclusão: enquanto A´[ecio Neves e Eduardo Campos engrossam as suas campanhas em Goiás, Dilma definha. Graças a Gomide.