Na última terça-feira, a presidente Dilma Rousseff surpreendeu o País com um pronunciamento em cadeia de rádio e televisão sobre a Copa do Mundo. Dilma cantou vitória sobre os pessimistas, que prevêem grandes manifestações no palco maior do futebol mundial. Mas será que a presidente venceu mesmo essa batalha?
Não é bem assim. O pronunciamento foi a saída encontrada pela presidente para não ter de se expor a milhões de brasileiros durante a abertura da Copa, em São Paulo, numa ocasião em que correria o risco de ser vaiada por milhares – sob os olhares espantados de uma multidão de telespectadores.
Dilma perdeu a batalha, mas quem venceu não foi o pessimismo. Foi o medo de ser esculhambada no Itaquerão minutos antes do escrete canarinho entrar em campo. Tanto é que o nome da petista sequer será anunciado na cerimônia de abertura do evento, segundo informa nesta quinta-feira o jornal Folha de S.Paulo.
Não é uma vitória do pessimismo, mas da indignação, da raiva, da falta de paciência com a roubalheira e o desperdício de dinheiro público, escamoteado com cinismo e falta de vergonha na cara.