A chapa do empresário Vanderlan Cardoso, que a coluna Giro anuncia nesta sexta-feira com o deputado estadual Francisco Gedda na vice e o procurador federal Aguimar Jesuíno para senador, pode ser definida como eleitoralmente fraca e sem densidade.
A avaliação começa pelo próprio candidato a governador, que vem caindo nas pesquisas e não dispõe de estrutura política ou partidária para crescer como um nome com potencial para arrastar votos e vencer a eleição, configurando-se mais como instrumento de vingança para o ex-secretário da Fazenda Jorcelino Braga – que assume odiar o governador Marconi Perillo e tudo fazer para prejudicá-lo.
Gedda, coitado, é um zero à esquerda no principal quesito que interessa em uma eleição, ou seja, a atração de eleitores. Não tem discurso (às vezes até a sua fala é incompreensível, dado ao raciocínio embolado e ao tom pastoso de voz). Elegeu-se deputado estadual em 2010 com menos de 15 mil votos e, para a próxima eleição, estava condenado a perder a vaga que tem na Assembleia, diante ausência de uma base eleitoral consistente. Seu partido é o PTN, uma agremiação nanica que sequer dispõe de tempo de televisão para reforçar a “campanha” de Vanderlan.
Disputando a senatória, acompanhará Vanderlan o procurador Aguimar Jesuíno, que nunca disputou uma eleição e não tem nenhuma representatividade política, social ou econômica. Aguimar é um desconhecido que participou da fundação da Rede Sustentabilidade em Goiás, assumiu o tradicional (e chato) discurso ambiental da ex-senadora Marina Silva, ao qual acrescentou a visão de muda esquerdóide do seu guru, Martiniano Cavalcante – uma mistura que, na verdade, dá sono na plateia e espanta o eleitorado.
A chapa de Vanderlan, portanto, não tem consistência e apenas contribui para o anunciado e inevitável naufrágio da sua candidatura.