De todas as pesquisas eleitorais publicadas neste ano, as do instituto Verus, por duas vezes, foram as únicas a apontar Iris Rezende em primeiro lugar.
Todas as demais – Serpes, Grupom e Fortiori – foram unânimes em determinar que a liderança na corrida sucessória é do governador Marconi Perillo, seja qual for o cenário escolhido. Iris, nos levantamentos desses três institutos, sempre apareceu na segunda colocação.
Coincidência ou não, o instituto Verus pertence a Luiz Felipe Gabriel, que acaba de ser anunciado como coordenador de marketing da campanha de Iris Rezende.
Anteriormente, Luiz Felipe já havia trabalhado como marqueteiro da fracassada campanha de Iris a senador, em 2002. E mais: em 2010, pouco antes das eleições, ele foi preso pela Polícia Federal, em Anápolis, sob a acusação de montar um esquema de compra de votos para o PMDB. Sua defesa foi a de que apenas realizava pesquisas qualitativas para o partido e que, para isso, pagava os entrevistados em dinheiro vivo.
Dono de instituto de pesquisas eleitorais e marqueteiro de campanha? Eis aí duas atividades que deveriam ser incompatíveis. Mas não em Goiás.