Os primeiros discursos de campanha mostram que o ex-governador Iris Rezende (PMDB) continua o mesmo.
Apesar das recomendações dos responsáveis pelo marketing do PMDB, Iris insiste em se apresentar ao eleitorado como “o homem dos mutirões”.
A teimosia do velho cacique incomoda os aliados, que preferem uma postura mais focada no futuro e menos voltada para o passado. Afinal de contas, dizem eles, o goiano não quer saber o que Iris fez no tempo do guaraná com rolha, quando ele despontou na vida pública.
É o que diz reportagem publicada na última sexta-feira no Diário da Manhã.
Veja um trecho:
Nas primeiras participações, Iris Rezende indica que se manterá fiel ao estilo clássico, o figurino que veste desde os anos 1960, quando irrompeu no circuito eleitoral de maneira fulminante até conquistar, pela primeira vez, a Prefeitura de Goiânia (1966). Foi justamente nesta primeira experiência que Iris cravou o estilo que faz questão de preservar até hoje: o “homem dos mutirões”.
Mesmo aconselhado pelos próprios marqueteiros a ter os olhos mais voltados para frente do que para trás, Iris não arredou um centímetro do que realmente mais gosta de propagar. Nos três primeiros discursos que fez, repetiu a saga dos mutirões um punhado de vezes e chegou mesmo a sugerir que vai insistir neste modelo, mesmo em pleno século 21.
Do que Iris falou até agora, 80% foi para lembrar o que realizou nos anos 1960 e 1980. Não abandonou a posição dos ataques, sem ligar para as recomendações dos que o alertam para o fato de que baixaria nunca ganhou eleição em nenhum lugar do mundo. O saudosismo de Iris é tanto que chegou a sugerir a volta da estrutura administrativa de seu primeiro governo (1983-1986), quando subsistiam órgãos como o Crisa e a Caesgo, por exemplo.