Entre as suas propostas que devolvem Goiás aos anos 60, como a reedição dos mutirões, Iris Rezende acrescentou mais uma.
Segundo o velho cacique peemedebista, o Governo estaria centralizado hoje na capital e não chega aos municípios. Para resolver esse “problema”, a proposta de Iris é a criação de 10 superintendências administrativas, espalhadas pelo interior do Estado.
Veja só, caro leitor, onde está a cabeça de Iris: ele acha que vai melhorar o atendimento dos municípios criando mais uma instância administrativa, isso em um mundo onde a comunicação à jato trafega pela internet em tempo real.
No passado remoto, quando não havia sequer estradas e muito menos ainda telefonia, pode ser que subdelegar funções de Governo a órgãos de intermediação, nos municípios, pudesse dar algum resultado. Hoje, não. As estruturas administrativas ganharam agilidade e independência e os serviços públicos passaram a ser prestados em situação de rotina.
Superintendências administrativas, de caráter geral, no interior, para encaminhar assuntos governamentais só teriam o significado de gerar mais burocracia e abrir espaço, no Governo, para a indicação de apadrinhados políticos. Descentralização administrativa, na era moderna, implica em extinguir esferas administrativas e não em criar.
Não tem jeito: Iris continua vivendo no passado.