O ex-prefeito de Anápolis, Antônio Gomide, reagiu à impugnação da sua candidatura a governador com a velha desculpa esfarrapada de todos os políticos brasileiros pegos em flagrante.
“É armação política”, justificou Gomide, depois que o Tribunal de Contas dos Municípios incluiu o seu nome na lista negra de gestores e ex-gestores municipais com contas irregulares naquela Corte de Contas.
A lista serviu de base para o Ministério Público Eleitoral considerar Gomide como incurso na Lei da Ficha Limpa e pedir ao TRE o indeferimento do registro da sua candidatura.
Gomide alega perseguição política. É o mesma saída furada usada por outro candidato a governador, Vanderlan Cardoso, quando foi condenado pela Justiça Estadual, em primeira instância, no fim do ano passado, por improbidade administrativa.
O candidato petista reconhece que, de fato, o TCM considerou contas suas como irregulares, mas alega que apresentou recurso. Só que o Tribunal, ao divulgar a lista, deixou bem claro que, no caso de Gomide, o tal recurso não tem nenhum recurso suspensivo e que a reprovação das contas permanece valendo até que as irregularidades sejam apreciadas novamente. A decisão tanto pode ser a favor como contra Gomide.
Enquanto isso, o petista segue reclamando de “armação política”. Já viu esse filme antes, leitor?