As entrevistas do candidato a governador Iris Rezende (PMDB) a emissoras de rádio se transformaram em um tormento não só para equipe de marketing do PMDB, mas para os jornalistas responsáveis por conduzir as sabatinas nos veículos de comunicação.
Na sexta-feira, o blog 24 Horas informou que, depois de 14 minutos de entrevista à rádio 820 AM, um dos jornalistas da emissora pediu para Iris falar de presente ou futuro, mas o candidato respondeu: “espera aí”.
O drama se repetiu nesta segunda-feira, na visita que Iris fez à rádio 730 AM. Diante da insistência dele em recapitular episódios do tempo da TV Tupi e do relógio de corda, o jornalista Vassil Oliveira (talvez a pedido do amigo dele e assessor de Iris, Filemon Pereira), tentou a todo custo trazer o peemedebista de volta à realidade.
“Tá bom, candidato. Mas se o senhor for eleito, qual sua proposta?”, insistiu Vassil.
Não adiantou. Iris mostrou-se decidido a conduzir jornalistas e ouvintes da rádio a uma tediosa viagem pelo tempo, que tinha como destino os tempos antigos em que ele era presidente do grêmio estudantil, vereador eleito para Câmara Municipal de Goiânia e amigo dos primeiros prefeitos da Capital.
O resgate histórico de Iris tenta convencer o eleitor que Goiás viveu anos de ouro no período em que ele foi o governador e trouxe da roça o modelo de mutirão, que promete adotar se for eleito pela terceira vez. Tenta resgatar um saudosismo que não cabe mais à custa de ataques impiedosos à reputação do governador Marconi Perillo (PSDB).
Resumo da ópera: a entrevista de Iris à rádio 730 AM foi mais um episódio que depôs contra a biografia de Iris, que não deveria aceitar conselhos da esposa dona Iris para empreender uma campanha tão suja quanto essa.