O site Goiás-DF, assinado pelos experientes jornalistas Wilson Silvestre e Welliton Carlos, publicou uma análise que traz especulações acerca do futuro do candidato a governador Vanderlan Cardoso (PSB) depois de uma provável derrota nas eleições de outubro.
Silvestre e Welliton ponderam que Vanderlan teria de reformar os seus argumentos caso queira forçar um terceiro embate pelo governo do Estado, posto que tanto suas propostas quanto sua imagem não convenceram. “Vanderlan, particularmente, não conseguiu catalisar a imagem de terceira via. E a densidade do PSB é reduzida frente a massa de votos do PSDB e PMDB. Além do mais, não é em toda eleição que existe espaço para terceiras vias – o que é sempre uma exceção na política, em qualquer lugar do mundo”, diz o texto.
“É neste sentido que cabe a Vanderlan decidir que estrada seguir: acelerar tendo em vista novas disputas ou começar de baixo, com competições mais condizentes com sua experiência”.
O texto sugere que Vanderlan pode embarcar na eleição para prefeitura de Goiânia, mas antecipa que a disputa será igualmente dura – se levados em conta os nomes que já se apresentaram (Vecci, Fábio Sousa, Sandro Mabel, Jayme Rincon e talvez José Eliton).
Leia abaixo a análise completa:
Qual será o futuro de Vanderlan?
15 de agosto de 2014
publicado às 13h43
A pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira, 14/08, traz diversos panoramas e pode significar o futuro político de alguns dos candidatos.
Vanderlan Cardoso (PSB) é um dos pretendentes que vai para a encruzilhada: não deve ganhar as eleições com 6% e caminha para pontuar menos do que na última disputa ao governo, em 2010, em que concorreu o governo com apoio da máquina administrativa e perdeu.
Na disputa de 2010, ele marcou 16%. Agora pode ter dez pontos a menos.
Ele sairá, portanto, menor do que entrou. Talvez com maior pontos de rejeição do que votos.
Vanderlan, particularmente, não conseguiu catalisar a imagem de terceira via. E a densidade do PSB é reduzida frente a massa de votos do PSDB e PMDB. Além do mais, não é em toda eleição que existe espaço para terceiras vias – o que é sempre uma exceção na política, em qualquer lugar do mundo.
Se para uns, o PSB é um partido de tendências esquerdistas, o que prejudicou a disseminação de Vanderlan entre os conservadores, no caso dos socialistas, a pose do empresário não colou: ele jamais terá uma mentalidade de esquerda.
É, isto sim, um capitalista com ações trabalhistas contra ele e sua empresa, por espoliações e agressões aos direitos dos trabalhadores – o que é normal entre empresários, não entre socialistas.
Vanderlan chegou de paraquedas na legenda, como se partidos fossem mercadorias. É preciso recordar: Vanderlan foi do PL, PR, PMDB e agora adentrou na sigla deixada para ele por Júnior Friboi.
Diante desta situação, resta a Vanderlan decidir que rumos tomar em sua vida. Se antes tinha uma imagem de vencedor, em sua cidade, Senador Canedo, pode apresentar a partir de agora um portfólio de derrotas.
É neste sentido que cabe a Vanderlan decidir que estrada seguir: acelerar tendo em vista novas disputas ou começar de baixo, com competições mais condizentes com sua experiência.
Seu discurso não convenceu, a imagem também não.
Suas opiniões sobre segurança pública, principal plataforma de governo do Plano de Metas, soam falsas para especialistas e sem consistência para os eleitores.
Sobrou ao candidato seguir nos próximos 40 dias com o sonho de uma improvável (mas possível, sempre possível) virada e um ponto de partida.
Dependendo dos votos que apresentar em Goiânia, pode disputar as eleições na Capital, em 2016. Não será fácil, tendo em vista os nomes que se anunciam: Giuseppe Vecchi, Jayme Rincon, Fábio Sousa, Sandro Mabel, José Eliton, etc.
Pode tentar uma eleição à deputado estadual ou federal em 2018. Ou ao governo. Vencendo agora Marconi Perillo, restará ao tucano a disputa do Senado daqui quatro anos.
Daí que seria temerário enfrentar Perillo novamente em uma majoritária sem um bom argumento.
O problema é que se competir novamente ao governo será sua terceira tentativa. Não pode tenta repetir a experiência de Lula, totalmente diferente do perfil de Vanderlan. SE disputar, tem que ter em mãos um projeto político. E para isso enfrentará possivelmente Júnior Friboi, Daniel ou Maguito Vilela, Ronaldo Caiado e, claro, o candidato de Marconi, sempre competitivo.
E a lista é grande no exército: José Eliton, Giuseppe Vecchi, Ronaldo Caiado, Thiago Peixoto.
Enfim, é preciso pensar. E como diz a música de Roberto Carlos, saber viver.