A carta divulgada por Iris Rezende, logo após a perder a eleição deste domingo para o governador Marconi Perillo, e também a entrevista que deu a O Popular (publicada na edição desta segunda), revelam que o velho cacique peemedebista engoliu a derrota a seco.
As viúvas peemedebistas chegaram a escrever nas redes sociais que as duas manifestações mostram uma suposta estatura de “estadista” de Iris. Nada disso. Não caia nessa conversa, leitor amigo. Tanto a carta quanto a entrevista confirmam o que Iris foi nas campanhas do 1º e do 2٥ turno: um político raivoso, contaminado pelo ódio, agressivo e arrogantemente se enxergando como o dono da verdade (o mesmo Iris que, na reta final do 2º turno, deu declarações se considerando como”o político mais próximo da perfeição que existe”).
Mesmo massacrado nas urnas, não por Marconi, mas pelo eleitor goiano, Iris ainda se julgou no direito de dar lições e passar pito no candidato que o sobrepujou. “Respeite o resultado, que o mostra com o voto da maioria, mas não da totalidade dos goianos”, escreveu na carta, na tentativa de desqualificar a vitória de Marconi e inventando um sofisma, já que, a não ser na Coréia do Norte e em Cuba, ninguém jamais foi, é ou será eleito com a “totalidade” dos votos.
E isso depois que Marconi reagiu à vitória, que o jornal O Popular classificou na sua 1ª página como “histórica”, sob o manto da humildade, mostrando responsabilidade e inclusive com palavras de respeito destinadas a Iris – de quem sofreu um “tiroteio” de baixíssimo nível durante toda a campanha.
Na entrevista a O Popular, outra indicação da forte dor de cotovelo que acometeu Iris depois da derrota: o velho cacique peemedebista, com a sua tradicional cara de pau, afirmou que “quero o sucesso de Goiás na certeza de que o governador mude o seu comportamento, que tenha sensibilidade e volte as atenções verdadeiramente aos interesses do povo”.
Ora, o que o resultado da eleição apontou é que Marconi, sim, é que “tem sensibilidade e as atenções voltadas aos interesses do povo”, já que ganhou a preferência do eleitorado para mais um mandato, enquanto Iris, rejeitado pelas urnas, é que “não tem sensibilidade nem atenções voltadas aos interesses do povo”, tanto que não ganhou.
Ser alguém precisa “mudar o comportamento”, este é Iris: foi ele que não respeitou o adversário e nem o eleitor, ao abrir mão de fazer campanha limpa, apresentar propostas e projetos conectados com a modernidade e o futuro.
Leia com atenção a carta e a entrevista de Iris, caro leitor. Está tudo lá: o ressentimento, a visão atrasada da política e o auto-endeusamento. Perdeu de novo e não mudou nada.
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