O senador eleito Ronaldo Caiado fez um negócio da China na última eleição: em troca de discurso, seja no palanque seja nos programas de televisão do horário gratuito eleitoral, ele garantiu para si próprio a estrutura de campanha do PMDB e acabou se elegendo.
Caiado, em retribuição ao apoio que recebeu de Iris Rezende e do PMDB, limitou-se a fazer discursos em eventos e a aparecer nos programas de Iris (veja bem, leitor: nos programas de Iris, porque, nos programas dele, jamais pediu voto para o peemedebista) declarando apoio e dizendo que aceitava ser nomeado para o secretariado fantasma do Governo inexistente de Iris.
Melhor negócio, impossível. Caiado só fez campanha, para valer, para ele mesmo. Dentro do PMDB, circulava até uma piada: o líder ruralista, nas viagens ao interior, precisava de dois aviões, um para levá-lo e outro para transportar o seu gigantesco ego.
Até hoje, dentro do PMDB, os coordenadores da campanha de Iris estão procurando os votos que Caiado teria agregado – ou seja: nenhum.
[vejatambem artigos=” 42745,42553,42177,41957… “]