sábado , 21 dezembro 2024
Goiás

Presidente do Conselho de Ética da Câmara protege Clécio e arquiva representação

Claro que ninguém esperava um comportamento diferente da vereadora Célia Valadão, mas vale o registro. Ela arquivou a representação que a Associação Ecológica Vale do Meia Ponte fez contra o presidente de Câmara de Goiânia, vereador Clécio Alves.

Os dois são do PMDB. A representação diz que Clécio teria incitado a desobediência do Plano Diretor, tendo se colocando ainda à disposição da empresa Hypermarcas em desfavor da sociedade.

De nada adiantaram os argumentos. A representação foi para a gaveta.

Veja a matéria do site da Rádio 730:

Processo de associação ambiental contra presidente da Câmara é arquivado no Conselho de Ética

O fato de o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Clécio Alves (PMDB) ter defendido a obra do grupo Hypermarcas na região Norte, causou reações junto aos moradores de bairros vizinhos ao empreendimento. A Associação Ecológica Vale do Meia Ponte (Verdivale) entrou com representação contra Clécio por conta de declarações feitas no dia 14 de março.

Os vereadores debatiam sobre a paralisação das obras do centro de distribuição em uma área que é tida pela Verdivale e o ministério público como de preservação ambiental. O local fica próximo ao rio meia ponte e tem lençol freático bastante superficial. Clécio defendia a liberação das obras, que se encontram em situação irregular.

A representação afirma que Clécio teria incitado a desobediência ao Plano Diretor da cidade. Além disto, a presidente da Verdivale, Cleusa Campos, explica que o processo foi aberto em protesto. “O essencial é que ele se colocou a disposição em benefício da empresa, ao invés de ficar do lado da popular. O vereador deve trabalhar em prol da sociedade. Ele se colocou claramente a serviço da empresa. Muito estranho,” critica.

A presidente do Conselho de Ética, Célia Valadão, que é do mesmo partido de Clécio Alves (PMDB) explica apenas que a procuradoria indicou o arquivamento do processo aberto pela Verdivale. “Um procedimento que naturalmente, que teve um parecer desfavorável. Um procedimento que não tem legitimidade nenhuma,” afirma.

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