A aliança prioritária do presidente Michel Temer em Goiás é com o governador Marconi Perillo, por um motivo muito raso e objetivo: Temer precisa de votos no Congresso Nacional.
Marconi está articulado com 2 votos no Senado (Lúcia Vânia e Wilder Morais) e com 13 na Câmara Federal. Já o PMDB, partido do presidente, conta com apenas 2 votos, na Câmara Federal (Daniel Vilela e Pedro Chaves) e tem conexão com um no Senado (Ronaldo Caiado).
Além disso, o PSDB nacional está investido na condição de principal pilar político do governo Temer.
Esse quadro de forças inviabiliza, no berço, qualquer tentativa dos peemedebistas goianos e do senador Ronaldo Caiado de sabotar os interesses de Goiás em Brasília: a privatização da Celg, a renegociação da dívida e a autorização para contrair novos empréstimos são os principais, no momento.
Contra o PMDB goiano pesam ainda, no entorno de Michel Temer, dois fatores: 1) os deputados federais Daniel Vilela e Pedro Chaves permaneceram por um longo tempo na lista dos indecisos do impeachment e só se definiram na reta final, quando a aprovação era mais do que certeza e 2) a falta de renovação do peemedebismo goiano, ainda atrelado à liderança envelhecida de Iris Rezende e, portanto, incapacitado para ganhar disputas estaduais.