A liminar da Justiça Estadual, na tarde desta segunda-feira, suspendendo o aumento da tarifa de ônibus, deveria ter sido obtida pelo Ministério Público Estadual, a quem compete a defesa dos interesses dos consumidores – mas não foi.
O MP Estadual se omitiu em toda a crise do transporte coletivo de Goiânia, que já se desenrola há mais de 20 dias, com protestos estudantis nas ruas e denúncias de que o aumento da tarifa se baseou em planilhas manipuladas pelas empresas.
Um promotor, Murilo Miranda, chegou a ser designado para acompanhar o assunto, mas não compareceu a uma audiência pública na Assembleia legislativa, alegando motivos pessoais. Depois, ele chegou a dar entrevistas condenando o aumento e prometendo algum tipo de ação, porém, na prática, não fez nada.
Coube ao Procon estadual, onde não existe nenhum funcionário com salário capaz de se aproximar da metade do que ganha um promotor, entrar com uma ação civil pública e obter a liminar que a Justiça Estadual concedeu nesta segunda-feira, suspendendo o aumento e retornando a tarifa para os R$ 2,70 originais.
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