O uso do cachimbo entorta a boca.
Desde que foi eleita, em 2010, Dilma Rousseff nunca se comportou como presidente, mas como candidata a mais um mandato.
Ela não dá um passou sem levar a tiracolo seu marqueteiro João Santana e, eventualmente, o jornalista Franklin Martins, que serviu ao ex-presidente Lula e costuma ser convocado ao Palácio do Planalto quando a presidenta enfrenta momentos difíceis.
Em vez de se comportar como estadista e como chefe de nação, Dilma apequena-se e se orienta pelo interesse de ganhar mais uma eleição.
O discurso da noite desta sexta-feira foi escrito pelos marqueteiros da presidente, numa tentativa desesperada de livrar o posto de Lula dos desgastes que as manifestações em todo o país estão impondo ao PT e ao Governo Federal.
Discurso escrito por marqueteiro, numa hora dessa gravidade para o país?
É muito pequena.