Peemedebistas e até o jornalista Afonso Lopes, no Facebook, levantam a bandeira de que a agressão ao manifestante que invadiu o auditório do Cesuc, durante o evento do PMDB em Catalão, pode ser justificada do ponto de vista de que “teria invadido um evento privado”.
Que país é este onde uma reunião partidária, com acesso liberado, é considerada como uma reunião privada?
Partidos são pessoas jurídicas coletivas. Uma reunião como a de Catalão, convocada pelo PMDB com banners na internet, onde não se diz que se trata de um evento “privado” ou sequer destinado apenas aos filiados, pode ser considerada como um “evento particular”? E havia controle de entrada? Portaria? Não.
Outro detalhe importante: o rapaz que levantou o livro Ouro Negro fez o seu protesto pacificamente. Ele não agrediu ninguém, pelo contrário, foi agredido com sopapos e empurrões. Se o PMDB tivesse tolerado a manifestação, a tendência seria o seu esvaziamento e o encontro prosseguiria normalmente e não manchado pelas cenas de agressão explícita, com Adib ordenando, no microfone, que “a segurança leve lá prá fora e resolva”.
Afonso Lopes condena o gesto do manifestante: “Se era encontro fechado, por que esse rapaz foi lá se, como tudo indica, ele é contra o PMDB?”.
Responde, Afonso: é crime alguém que é contra o PMDB ir a um encontro do PMDB e se manifestar da maneira que bem entender, desde que pacífica e ordeiramente?
Que o blog 24 Horas saiba, crime é agredir alguém, em qualquer lugar.
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