Depois de quase dois meses de crise no transporte coletivo de Goiânia, com seguidos protestos estudantis contra o aumento abusivo da tarifa, o prefeito Paulo Garcia (PT) resolveu se mexer.
Mas olha só: a “resposta” que ele está dando – tudo indica que a criação de um bilhete único, com validade de duas horas e meia a três horas – só resolve a vida das empresas e não a dos usuários do sistema.
O exíguo prazo de validade do bilhete único de Paulo Garcia é de uma esperteza sem igual: a maioria dos passageiros só realiza um percurso, nesse período de tempo. As empresas vão seguir ganhando o que já ganham e a população que se dane.
E, como a “solução” de Paulo Garcia não inclui reduzir a tarifa, que continuará incluindo ilegal impostos inexistentes e custos declarados, mas não auditados, pelas empresas, tudo continuará como dantes no quartel de Abrantes.
Para as empresas, é o paraíso. Para os usuários, o inferno.
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