Em entrevista no Diário da Manhã, Célia Valadão tenta explica o inexplicável, ou seja, revela os supostos motivos de seu voto contra o projeto de Paulo Magalhães que instituía o ponto digital na Câmara de Goiânia.
Célia não só votou contra como comandou o rolo compressor da base aliada de Paulo Garcia para derrubar a proposta.
Veja:
“Sou uma vereadora em tempo integral”
Líder do prefeito na Câmara esclarece ao DM o real motivo de votar contra o Ponto Biométrico
DIÁRIO DA MANHÃ
MILENA PORTO
A vereadora e líder do prefeito na Câmara, Célia Valadão (PMDB), esclareceu ao DM o motivo de ter rejeitado a proposta do Ponto Eletrônico na Casa. Segundo Célia, existem outras formas de se comprovar a presença, permanência e a participação do vereador no Plenário.
O projeto, de autoria do vereador Paulo Magalhães (PV), teve rejeição de 17 votos contra 14 na Câmara nesta última semana, o que gerou mais uma polêmica envolvendo a Câmara de Goiânia e os vereadores. De acordo com a proposta, os parlamentares deveriam registrar presença, em três horários, sob pena de desconto do subsídio dos faltosos caso não houvesse justificativa para a ausência.
Célia Valadão destacou que sua posição não é contrária ao mérito e sim da maneira como foi colocado. “Eu sou vereadora em tempo integral. Sou favorável de que nós teríamos que cumprir horário, com registro de presença, de segunda-feira a sexta-feira, como é em toda a Lei Trabalhista. Por que não?”, questiona.
Para ela, se já existem outras maneiras de comprovar essa presença, como o painel eletrônico e assinatura em folha, o ponto não teria necessidade. “Tive comportamento de acordo com a minha coerência. Sou mãe e avó. Muitas vezes temos a obrigação de dizer não para um filho, quando ele está com capricho. Por que deveria votar em uma coisa que já é de praxe? Estaria talvez satisfazendo o capricho de alguém, promovendo alguém que colocou uma situação polêmica para se autopromover”, esclarece.
Quanto ao comprometimento e presença dos vereadores na Câmara, Célia avalia de forma positiva e que esta polêmica trouxe uma imagem de que a casa estaria sem comando. “Quem acompanha o trabalhos na Câmara, percebe que não há falta de quorum. A presença dos vereadores, a permanência e o aproveito tem sido bons e de um maneira positiva.”
A vereadora explica ainda que, conforme decisão da presidência, já é feita uma verificação de quatro registros no plenário, com atualização do painel eletrônico.
Quanto a relação entre os parlamentares, depois de mais um tema polêmico como este na Câmara, Célia acredita que o clima está dentro da normalidade, e que a grande maioria tem bom senso e discurso positivo. “O Plenário é feito de ideias, propostas, debates, divergências e convergências. Infelizmente, alguns excedem, falam o que não deveria, mas é o perfil de poucos”, acrescenta.
Em relação aos projetos, a vereadora diz que tem vários em andamento e que na função de líder faz um acompanhamento rigoroso em todos os projetos apresentados pelo Executivo, com o trabalho de agilizar e fazer com que os procedimentos aconteçam em tempo hábil.
Sobre projetos futuros e eleições em 2014, Célia acredita que ainda é cedo e que não tem nada definido. “O foco ainda é 2013, temos muito trabalho. A partir do segundo semestre começamos a discutir sobre isso. Uma coisa é certa, o PMDB é o maior partido do Brasil, e temos a consciência e responsabilidade da importância desse partido, que estará posicionado de maneira bem significativa nas eleições”, concluiu a vereadora.
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