Ele também comentou sobre as novos perfis de candidatos e falou um pouco sobre sua pesquisa. “Eu acho que essa campanha de 2018 vem consolidando o que está acontecendo desde 2014, que é um processo de novas formas de se construir política e conseguir votos. Acho que tem uma migração de um perfil de candidaturas que começam a dialogar muito mais com as redes sociais e começam a fazer seus investimentos e seus gastos pelas redes sociais e também tem um perfil de candidatura que começa a querer dialogar com umas certas leis de marketing mais aprimoradas, fazer esse discurso muito mais para conquistar novos segmentos eleitorais. Então a pesquisa mostra um pouco sobre como esse processo se consolidou no Brasil, sobretudo na Câmara Federal e quais são seus principais atores”.
João Vitor disse ser favorável ao financiamento público e afirmou que ele pode promover a democratização do sistema. “A principal mudança de 2018 foi o financiamento, acho que a questão do financiamento público eleitoral e também tem a questão do financiamento privado por meio de pessoas físicas, com o financiamento público eleitoral e o financiamento privado a gente consegue ver melhor quais são as formas de fazer campanha e quais são as formas de definir os recursos de cada partido e cada agremiação. Então você começa a ver um deslocamento de recursos prioritários para alguns tipos de candidaturas, alguns perfis prioritários de alguns partidos e alguns perfis prioritários do empresariado também para financiar. Sou favorável ao financiamento público porque entendo que ele possibilitaria uma maior democratização do sistema, só que o problema é que a gente criou um ‘Frankstein’ aqui no Brasil, que é um sistema público-privado que no fundo acaba priorizando as mesas formas de construir política”.