O êxito da manifestação de rua desta quinta-feira, logo mais, no Centro de Goiânia, está na mão dos possíveis vândalos e arruaceiros, que são inerentes a esse tipo de mobilização.
Preocupa o fato de que em praticamente todos os cinco protestos de rua anteriores, em Goiânia, ocorreram atos de vandalismo, provocação e violência – e há que se registrar que, em todos esses protestos, a ação da Polícia Militar goiana foi exemplar e beirou a perfeição.
O problema maior é que a onda de manifestações populares que vem perpassando o Brasil, em praticamente todas as grandes cidades, tem sempre registrado depredação do patrimônio público, incêndios e até saques e destruição de estabelecimentos comerciais.
Uma das cenas marcantes até aqui é a do estudante Pierre Ramon Alves de Oliveira depredando a entrada do prédio da Prefeitura de São Paulo. Ele foi preso nesta quinta-feira, mas já foi solto.
Em Goiânia, uma preocupação adicional é que as torcidas organizadas dos times de futebol da capital – conhecidas até por crimes de morte – entraram na mobilização e podem comparecer.
Mas, há que se considerar que, minimizando o impacto do protesto, o governador Marconi Perillo (PSDB) e o prefeito Paulo Garcia (PT) anunciaram ontem que a passagem de ônibus não mais será aumentada e vai ficar congelada em R$ 2,70 reais, o que esvazia a principal motivação dos atos de rua, pelo menos até agora.