Em sua conta no Twitter, o promotor federal Hélio Telho nada de braçada na onda dos protestos que abalaram o Brasil, nesta quinta-feira.
Espera aí.
É bom o dr. Telho saber que a omissão do Ministério Público e a sua ineficiência no sentido de buscar a punição dos casos de corrupção e fazer a defesa dos interesses da sociedade, também levam à descrença da população das instituições.
Um exemplo: o caso Caixego. Em 1999, sob o comando justamente do promotor Hélio Telho, foi “desbaratado” um dos maiores casos de corrupção da história do Estado, envolvendo o financiamento corrupto de campanha do PMDB. Quatorze anos depois, ninguém foi punido.
No caso do aumento abusivo da tarifa do transporte coletivo, na Grande Goiânia, o Ministério Público Estadual vem se mostrando omisso há mais de mês. A decisão judicial que suspendeu o aumento foi obtida pelo Procon, cumprindo um papel que caberia ao, para usar uma expressão cara aos promotores, “parquet”.
“Parquet”.
Calma aí, dr. Telho. O MP, em suas esferas estadual e federal, também tem responsabilidade no clima de desconfiança generalizada que tomou conta da sociedade brasileira.
Menos arrogância e mais autocrítica não faz mal pra ninguém.