sexta-feira , 26 abril 2024
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CPI dos Incentivos Fiscais: advogada de grandes empresas por ser convocada de novo

A advogada Alessandra Virgínia, sócia do escritório Costa Pinto & Almeida, pode ser novamente convocada a prestar esclarecimentos à CPI dos Incentivos Fiscais na Assembleia, apurou  G24H.

Em sua quarta reunião, realizada no dia 12 de junho, a CPI colheu o depoimento da advogada Alessandra Virgínia, sócia do escritório Costa Pinto & Almeida. O advogado João Gabriel Andrade e o auditor fiscal aposentado Sandro Costa foram convocados, mas não compareceram.

Respondendo questionamentos de Humberto Aidar, Alessandra Virgínia afirmou que não participou da mediação ou venda de créditos outorgados no estado e nunca atuou para empresas como Anglo América e Centroálcool, citadas na CPI.

Disse também que não efetuou trabalhos para ressarcimentos de créditos de ICMS e nem transferências de créditos de uma empresa para outra. A advogada declarou ainda que seu ex-marido, o auditor fiscal aposentado Sandro Costa, nunca advogou para seu escritório. No entanto, Alessandra confirmou que atuou para o grupo JBS nos processos que resultaram em anistia fiscal de aproximadamente R$ 1 bilhão concedida pelo estado de Goiás.

Respondendo pergunta do deputado Vinícius Cirqueira, Virgínia afirmou que o estado não foi lesado pela JBS, pois participou de um programa de perdão fiscal, juntamente com mais de mil outras empresas. Segundo ela, o custo para o Estado nas cobranças judiciais é muito alto, com tempo muito alongado, por isto compensa negociar. “Pelo que sei, naquela época o governo precisava muito do dinheiro”, disse.

Humberto Aidar afirmou que existe forte documentação que comprova participação do escritório da advogada em processos, por isso questionou se poderia ter alguém atuando contra o escritório. Virgínia disse que desconhece possíveis inimigos. Alessandra afirmou que existem perseguições entre alas dentro do próprio Fisco estadual, sendo que já atuou em algumas ações contra conselheiros e por isso cogitou que poderia vir do próprio Fisco.

A advogada declarou ainda que não sabe se a empresa Ricardo Eletro já tomou providência para conquistar possíveis benefícios que seriam concedidos à rede Novo Mundo. “Fui advogada da Ricardo Eletro apenas em algumas causas e não conheço a situação fiscal da Novo Mundo”, salientou.