terça-feira , 23 abril 2024
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Incentivos fiscais: sem força e como um leão desdentado, Otavinho Lage ruge para Caiado e ameaça com fuga em massa de empresas

Totalmente abatido pelo governo Caiado na questão dos incentivos, o presidente da Adial Goiás, Otavinho Arantes, entrou em desespero em reunião do Fórum Empresarial com a secretária da Economia, Cristiane Schmidt.

“É preciso haver muito bom senso sobre este assunto para não se criar sérios entraves ao investimento privado em Goiás, que vão gerar grande impacto em toda a economia do Estado a médio e longo prazos”, disse diante da impassível Schmidt, que deu todos os sinais de que haverá mesmo cortes substanciais no incentivos fiscais concedidos pelo governo de Goiás.

Sentido que a barra vai pesar, Otavinho Arantes fez ameaças ao governo. Disse que haverá fuga de empresas para outros estados e citou a saída de dois grandes grupos empresariais, que deixaram o território goiano: a montadora Caoa, que comprou por R$ 1 bilhão a fábrica da Ford em São Paulo para produzir veículos da marca chinesa Cherry, embora tenha uma fábrica com capacidade para isto em Anápolis, e a Laticínos Piracanjuba, que investirá cerca de R$ 100 milhões para produzir no Paraná.

“São apenas alguns exemplos. Este movimento já começou e pode se intensificar, a depender da segurança que as empresas terão para investir em Goiás”, rugiu como um leão desdentado Otavinho Lage.

Outra preocupação aflorada foi a sinalização do governo estadual de prorrogar o novo Protege.

Segundo a Adial, o acordo, fechado no final do ano passado com o então governador eleito Ronaldo Caiado, era de vigorar por 12 meses, encerrando em março de 2020. Mas, os empresários temem extensão desse prazo.

“O novo Protege é na prática aumento da carga tributária. É preciso ficar claro que os incentivos fiscais hoje no Estado correspondem, na realidade, a 53% do ICMS. Hoje já estamos muito próximos do que é oferecido por Estados mais competitivos e que têm mercados consumidores maiores do que Goiás, como São Paulo e Paraná, por exemplo”, reagiu Otavinho Lage.