O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, deputado Helder Valin (PSDB), agiu calado e nos bastidores e conseguiu provocar um terremoto que implodiu o bloco que a oposição estava montando no parlamento goiano.
Ao convencer dois deputados oposicionistas a retirarem as assinaturas dos requerimentos de instalação de CPIs, o tucano acertou em dois alvos ao mesmo tempo: preservou o governo do Estado de ficar no tiroteio de comissões de inquérito e plantou a semente da discórdia e desconfiança na bancada de oposição.
Com isso, Valin implodiu o bloco que estava em formação e casou a maior cizânia já vista nas oposições. Basta observar as reações de Ronaldo Caiado, Jorcelino Braga e Iris Rezende e até mesmo o calmo Vanderlan Cardoso.
O resultado da articulação de Valin foi tão catastrófico para a oposição que o bloco foi reduzido para 11 integrantes, quando tinha a pretensão de chegar a 16 ou 17. Pior ainda: fez PMDB e PT desistirem de tentar novas CPIs.
Mérito de Valin, que jogou de forma correta e articulada nos bastidores, usando da confiança que detém com os colegas e outras ferramentas que só ele sabe usar.