Depois de levar uma tremenda vaia no jogo de abertura da Copa das Confederações, a presidente Dilma Rousseff voltou a passar pelo mesmo constrangimento nesta quarta-feira, em evento da Marcha dos Prefeitos, em Brasília.
Apesar de anunciar um repasse emergencial de R$ 3 bilhões aos prefeitos, ela não escapou das críticas e, claro, da vaia. Tudo porque havia expectativa que ela anunciasse uma revisão do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) – o que não ocorreu.
Antes mesmo de a presidente terminar o discurso as vaias começaram. E um grupo de prefeitos protestou.
Sem graça, Dilma gaguejou e disse que o gestor público não consegue fazer milagre. Explicação mais rasa, impossível.
Para piorar, a presidente reconheceu que houve atraso na execução do Programa Minha Casa, Minha Vida para os municípios com menos de 50 mil habitantes.
Prefeitos dos quatro cantos do País saíram do evento decepcionados. Um prefeito goiano falou com o blog e resumiu o encontro numa só palavra: enrolação.
A vaia, desta vez no âmbito de trabalho, é mais um reflexo do péssimo momento político vivido pela petista. Os protestos intensos, as medidas trapalhadas anunciadas para acalmar a crise, o anúncio de uma constituinte, a queda de popularidade mostrada pelas pesquisas; todo este cenário tem contribuído para manchar a credibilidade de Dilma.
Antes, era o povo nas ruas e o público dos estádios que vaiavam Dilma, agora até mesmo prefeitos sentados no quintal da presidente têm a ousadia de vaiar a maior autoridade do País cara a cara. Um descrédito geral.