A Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) terá de responder pela acusação de danos morais contra um tetraplégico.
M.S.O. informou ser tetraplégico e ter bexiga neurogênica e hemiparesia, condições que o impedem de controlar o intestino. Ele contou que estava matriculado no curso de Direito quando, em 11 de março de 2011, durante uma aula com duração de três horas, foi acometido por uma diarreia. Ainda faltavam 30 minutos para o fim da aula e, diante de sua incapacidade de controlar o intestino, pediu ao professor para se retirar da sala, obtendo permissão.
Dias depois, contudo, percebeu que o professor havia lhe dado falta na chamada daquele dia e, ao ser questionado a respeito, o docente o perguntou se ele havia trazido atestado médico para comprovar que estava com diarreia. Irritado, M.S.O. indagou se o professor queria “que ele fizesse suas necessidades dentro de sala”, ao que este respondeu que o aluno poderia, sim, fazê-las, pois ele mandaria alguém limpá-lo.
Ainda durante a discussão, o docente teria se levantado para agredir M.S.O. que, depois do episódio, virou motivo de chacota entre os colegas, que passaram a apelidá-lo de “cagão”.
O processo havia sido extinto sem julgamento do mérito, em decisão monocrática, mas essa sentença foi cassada pelo juiz substituto em segundo grau Carlos Roberto Fávaro.
A informação foi publicada no site do Tribunal de Justiça.